OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, tenente coronel, Cristovão Avelino Dias, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Conde de Subserra, Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real], a informar que os extraordinários acontecimentos que têm tido lugar no Brasil, depois da revolução de 24 de Agosto, alteraram de tal modo a correspondência oficial de Angola para Portugal, que não tem tido resposta dos ofícios que pelo Ministério da Guerra tem dirigido a S.M., nem nenhum indício que tenham sido entregues; a correspondência dos seus antecessores com as diferentes Secretarias de Estado, era daqui dirigida aos Administradores dos Correios Marítimos, nos portos do Rio de Janeiro e Pernambuco, por meio de navios mercantes; as circunstâncias políticas atuais, em que se encontram aqueles portos relativamente a Portugal, nenhuma segurança podem dar da regular remessa dos ofícios que de Angola tiverem que ser mandados para Lisboa; participa o envio do Pernambuco para Lisboa, do seu ajudante de ordens, Rodigo Afonso de Atouguia, a fim de felicitar S.M., por ocasião da restituição à posse dos sagrados direitos, que sempre gozaram os seus predecessores nas épocas mais felizes da Monarquia Portuguesa.

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