OFÍCIO do governador de Benguela, João António Pusich, ao [ministro da Guerra], Manuel Gonçalves de Miranda, sobre os vencimentos e graduações de que têm gozado os cirurgiões de Benguela, anteriores a Joaquim de Santa Ana Pereira, nomeado cirurgião-mor desta província em Maio de 1821; informa que, quando tomou posse interinamente do governo, o tenente coronel, Rodrigo Luciano de Abreu tinha criado um novo hospital, fazendo grandes despesas ao Cofre e pondo a tratar dos doentes europeus, um charlatão chamado Elias Pires Lousada, o qual, íntimo do Rio de Janeiro e odiando os europeus, "foi fazendo chacina neles", impedindo-os de serem tratados no hospital da Misericórdia; quanto aos vencimentos dos cirurgiões, sempre foram de 500 mil réis anuais, porém, vista a carestia do país onde os géneros são 400% mais caros que em Lisboa, este ordenado é muito diminuto e por isso ao suplicante, Joaquim de Santa Ana Pereira, deve-se aumentar o ordenado até 800 mil réis anuais; quanto às graduações dos cirurgiões, eram de capitães e S.M. sempre lhes conferiu a mercê do Hábito de Cristo; remete um requerimento pelo qual Joaquim de Santa Ana Pereira, pede a mercê do Hábito de Cristo.

Record not reviewed.