OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao o [secretário de estado da Marinha e Ultramar], José António de Oliveira Leite de Barros, a acusar a receção de diversas representações do Cabido, acerca dos inconvenientes do estabelecimento da Sé na Igreja de São José; informa que lhes indicou as igrejas que lhe pareceram reunir as melhores condições, a saber: a Igreja dos Terceiros, a da Misericórdia, a do Convento do Carmo a do Corpo Santo e a de Nossa Senhora dos Remédios, tendo-se exceptuado a pequena Igreja de São João e a de Santo António, dos Padres Missionários Barbadinhos, que foram reedificadas por eles e estão no exercício contínuo dos atos religiosos; informa que o Cabido escolheu a Igreja dos Remédios, Paroquial, situada no centro da cidade baixa; quanto aos motivos que o impedem de pôr em prática a autorização que lhe foi concedida pela Carta Régia, de empregar anualmente a quantia de 800 contos de réis, na reedificação da antiga Sé e na construção de um novo cemitério, e atendendo à próxima abolição do comércio da escravatura, torma-se indispensável providenciar a mais restrita economia, que deverá limitar as despesas às de absoluta necessidade.

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