OFÍCIO do Ouvidor-geral de Angola, desembargador, Faustino Ferreira de Noronha Oliveira e Saro, ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, José António de Oliveira Leite de Barros, a queixar-se da odiosa exceção que o governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, lhe fez no convite público a que mandou proceder para o seu jantar no dia 24 de Agosto, comemorando o plausível regresso do senhor infante D. Miguel, regente do Reino de Portugal; este episódio fá-lo imaginar alguma má informação, menos bem fundada, sobre objetos do serviço, dada pelo governador; remete documentos demonstrativos das relações entre os dois, sublinhando que anteriormente eram as melhores; não desconhece a influência que produzem ordinariamente as boas ou más informações anuais, dadas pelos governadores e capitães generais, dos magistrados, seus subalternos; pede para que informe S.A.R. com algum conhecimento de causa, fazendo-lhe ver as razões da parcialidade, que poderão existir na dita informação.

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