OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], José António de Oliveira Leite de Barros, a informar que tendo vindo do porto de Lisboa uma escuna do comércio, aqui faleceu o seu mestre, que era ao mesmo tempo o verdadeiro piloto e não sendo possível encontrar um piloto hábil para a conduzir a Lisboa, a não ser por um avultadíssimo salário que arruinaria o negócio, visto que atualmente todos os que estão aptos a este emprego, encontram grandes vantagens nas viagens para o Brasil, por ser a última época do comércio da escravatura, foi-lhe requerido que permitisse a saída do piloto do brigue de guerra, como socorro necessário, e com a autorização do comandante do mesmo, que o considera apesar de tudo dispensável e fácil de suprir e a bem do comércio português, foi requisitado o dito piloto, esperando a aprovação de S.M.

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