OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], José António de Oliveira Leite de Barros, a informar que o Convento de São José de Luanda, se encontrava sem nenhum religioso da sua Ordem, tendo sido encarregado da sua administração um cónego da Catedral, que o fez com o maior desleixo, deixando tudo arruinado; participa da chegada no brigue de guerra "Tejo", trazendo como capelão, um religioso da Ordem, Frei José Maria do Amaral; foi-lhe requerido pelo Padre Prior do Convento do Carmo, que Frei Manuel da Virgem Maria, que estava numa freguesia do interior, ocupasse o lugar do capelão do brigue, tendo o comandante do mesmo, considerado não haver qualquer inconveniente; encarregou Frei José Maria do Amaral da administração do convento, mas com a cláusula de prestar as suas contas na Junta da Fazenda Real, como qualquer administrador particular, o qual tem desempenhado bem o seu cargo e feito reparações no edifício; informa que o comandante do brigue lhe comunicou que Frei José Maria do Amaral, havia deixado à sua família o soldo de 18 mil réis; o antigo capelão deverá indemnizar a Fazenda Real, do soldo que tiver recebido a sua família, desde o dia em que deixou o emprego de capelão, até ao dia em que em Lisboa, foi suspenso o seu pagamento.

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