OFÍCIO do [major general interino da Armada Real], Carlos May, ao [ministro Assistente ao Despacho], Duque do Cadaval [Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo], a acusar a receção do aviso de 7 do corrente, para que à vista dos ofícios do governador de Angola, do Intendente dos Armazéns do Arsenal Real do Exército e do termo de abertura feito em Angola, dos caixões transportados na charrua "Galathea", em 1826, emita o seu parecer; remete para as suas anteriores informações, tendo determinado que o almoxarife e o escrivão do armazém da Casa da Fazenda, ouvindo o escrivão que naquela viagem foi com a "Galathéa", informassem sobre as arguições mencionadas no ofício do Intendente; na informação anexa, verifica-se que os objetos de que tratam os ofícios, nem por depósito entraram no Arsenal, reportando-se ao que o escrivão informou, que tudo foi bem acondicionado e posto no seu devido lugar, não se podendo abrir o lugar onde ia a carga, sem o conhecimento do comandante, do oficial imediato e dele próprio, o escrivão; conclui-se de todas as informações dadas, que não houve erro da parte dos empregados da charrua "Galathéa", tendo decidido não culpar ninguém, sem a existência de provas, nem indícios de extravio voluntário, considerando que talvez houvesse engano na fatura; informa que o dispenseiro, Vicente Pedro Quintino, acusado de omisso pelo Intendente, já faleceu.

Record not reviewed.