OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Barão de Santa Comba Dão [José Maria de Sousa Macedo Almeida e Vasconcelos], ao Duque do Cadaval [Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo], a informar que o comércio das Nações Estrangeiras nos portos de Ambriz, Zaire e Cabinda, tem sido feito ultimamente por 2 navios da América Espanhola, 3 Brasileiros e 1 dos Estados Unidos, aqueles com escravos e marfim, azeite e esteiras, e este carrega apenas marfim, sendo estes géneros trocados por pólvora, armas, aguardente, fazendas de algodão e quinquilharias, sendo a maior parte deste contrabando feito com os pretos de Mossul, Congo e Cabinda e outros pertencentes a diversos potentados; participa que os portos de Lifune e Berigo, onde existem autoridades dependentes deste governo, não têm sido demandados por estes navios, cujo contrabando de marfim é o que causa maior prejuízo à Fazenda Real.

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