OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Barão de Santa Comba Dão [José Maria de Sousa Macedo Almeida e Vasconcelos], ao Duque do Cadaval [Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo], a informar que os principais negociantes e proprietários de Luanda, participaram-lhe os danos feitos por um pirata que se encontra nas águas de Ambriz e Cabinda, o qual já roubou diferentes navios e insultou a bandeira portuguesa, prejudicando em muito o comércio para os portos do Brasil e outros; decidiu fazer navegar para aquelas paragens o brigue de guerra "Tejo" e a charrua "Galatêa", que estavam prontos a sair para Lisboa, a fim de aprisionar o dito pirata ou fazê-lo afugentar para longe da costa, porque ameaçava também os navios mercantes ancorados no porto e as embarcações costeiras que diariamente conduzem das barras do Dande, Bengo e Lifune, os mantimentos para o sustento de Luanda; dá conta do regresso da charrua "Galatêa" a Luanda, com os escravos, pólvora, armas e aguardentes e fazendas que a galera "Maria Isabel", tinha deixado na feitoria de Ambriz; quanto ao brigue "Tejo" navegou até ao Zaire, a fim de conduzir a dita galera para Luanda.

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