OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro] a participar que no dia 22, fundeou ne porto, a fragata britânica Thais, vinda da costa de África, tendo apresado em 29 de Agosto, um bergantim português denominado Venus, pertencente à praça da Bahia, com o pretexto de ter feito compra de escravos em Cabo Mesurado; a mesma fragata, também apresou outro bergantim português denominado Calipso, em 2 do corrente, no porto de Badagri, com o mesmo pretexto do negócio de escravos, feito na fortaleza inglesa de Acará e nas Comendaz; estes bergantins e outro espanhol também apresado pela mesma fragata, foram para a Serra Leoa; o comissário da fragata declarou que o seu comandante, quis apresar todos os navios portugueses que se encontravam na Costa da Mina, com os pretextos anteriores e feitos na Costa da Malagueta e que não os tomara, por uns não terem aguada, outros por falta de mantimento e outros por estarem próximos do Banco; espera-se a chegada do bergantim inglês Tigress, cujo comandante tomou 25 navios espanhóis e neste porto tentou apresar outro, tendo ficado 3 navios espanhóis a refazerem-se de mantimentos e água.