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"Estampa da contra–erva "

Description level
File File
Reference code
PT/AHU/ICONM/005/00092
Title type
Formal
Date range
1700-01-01 Date is uncertain to 1700-01-01 Date is uncertain
Descriptive dates
posterior a 1700-01-01, em local desconhecido
Dimension and support
2 desenhos : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 21,5 x 15,5 cm
Scope and content
Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com as tonalidades amarela, castanha e verde. – O suporte é provavelmente de meados do século XVIII, apresentando ótima textura e excepcional qualidade. Em relação à filigrana, é possível notar apenas uma pequena parte, junto à margem esquerda, mas insuficiente para ser identificada com relativa segurança. – Desenho de duas plantas da espécie das passiflóreas, com raiz, folhas e flores , enquadradas por friso e tendo o título em maiúsculas a preto. – Trata-se da Dorstenia brasiliensis Lamk., também conhecida por caapiá, caiapiá, capiá, carapiá ou cayapiá dos Brasileiros e é largamente encontrada em São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Parece que inicialmente o nome de contra – erva era atribuído indistintamente a várias plantas que se empregavam para combater a mordedura de ofídeos. Pode-se referenciar dentre as conhecidas a Psoralea pentaphylla Lin., a Dorstenia contrayerva Lin., às Aristolochia serpentaria Lin., trilobata. Porém, a autêntica contra-erva é a Dorstenia brasiliensis Lamk. (Contrayerva officinal – Radix contrayervae). A droga é constituída pela raiz, que se administra diluída em pó, infuso ou xarope. O ilustre médico João Curvo Semedo, na obra Polyanthea Medicinal, Lisboa, 1727, aconselha o uso dessa planta e recomenda-a no combate à peste, em que “he soberano medicamento”. O notável sábio judeu Jacob de Castro Sarmento, no trabalho Matéria Médica, Londres, 1735, compôs um bezoártico especial, muito em voga nas Cortes européias, cuja base era a contra-erva ou contrayerva. – A pintura expressa o traçado da escola naturalista portuguesa do século XVIII, procurando por um lado fazer sobressair os princípios que identificam a espécie e, por outro, as suas propriedades medicinais. – Datação estabelecida de acordo com o estilo dos desenhos, o estudo paleográfico da letra e do tipo de papel.
Documental tradition
original
Documental typology
desenho
Physical location
AHU_ICONM_BAHIA_FAUNA-FLORA, D. 92
Previous location
A.H.U. - Col. Iconografia Ms. - XXIII. D. E. 92
Language of the material
português
Physical characteristics and technical requirements
A pintura encontra-se em bom estado de conservação, mas notando-se a parte superior direita parcialmente raspada; a folha contém manchas de acidez e de sujidade, as margens direita e inferior esfoladas e as demais com vestígios de ter passado pela guilhotina. – Na frente, no canto inferior esquerdo, a anterior marca de posse “Arquivo Histórico Colonial M. DAS C.”. – O documento iconográfico está acondicionado em folha dupla da Instituição, de ph neutro e de cor bege.
Other finding aid
IRIA, Alberto, Inventário da iconografia brasileira existente no Arquivo Histórico Ultramarino (subsídios para o Dicionário de Iconografia do Brasil), Lisboa, Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, 1965. Separata de Studia, nº 16, Novembro 1965, Nº 115. ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO, Catálogo da exposição cartográfica e iconográfica comemorativa do V centenário do nascimento de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil, Lisboa, AHU, 1968, Nº 241. ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO, Catálogo da exposição histórico-documental e bibliográfica. Semana do Estoril - Portugal na Baía, 1981, Lisboa, JICU, AHU, 1981, Nº 78. ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO, Catálogo da exposição histórico-documental luso-brasileira. Brasília - Rio de Janeiro - São Paulo, 1982, Abril-Maio, Lisboa, IICT, AHU, 1982, Nº 124.
Location of originals
AHU
Alternative form available
cópia digital no AHU
Creation date
13/05/2020 17:23:26
Last modification
21/05/2020 10:50:35