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CARTA do feitor de Angola, Diogo Lopes de Faria, ao rei [D. Filipe III] informando que desde que ocupava o cargo não tinha entrado receita para a Fazenda Real, com a exceção do pagamento de alguns baculamentos pouco representativos em termos de quantias; que os [holandeses] tinham ocupado a fortaleza de [São Jorge da] Mina e as diligências feitas para a defesa de Angola; explicando que contra o seu parecer fora feito empréstimo ao feitor do contrato de [Angola] de algumas peças de Londres e rachetas [sarja] pertencentes à Casa das Três Chaves; da carta que recebeu do feitor de Luango, Leandro da Rocha Pimentel, dando conta que os holandeses tinham construído uma feitoria em Pinda, onde chegou uma nau com grande artilharia com o conhecimento do mani Sonho e do rei do Congo e do desânimo dos ambundos, vassalos do rei de Portugal, com a presença dos holandeses; da desgraça de Lopo Soares Lapo e da chegada do [mestre de campo], Joane Mendes de Vasconcelos; pedindo socorro de gente e munições; dando conta do socorro de 50 soldados que o governador e capitão-general de Angola, [Francisco de Vasconcelos da Cunha] enviou ao presídio de Angola e a chegada de Rui Dias […] feitor e procurador do contratador de Angola, Pedro Rodrigues de Abreu.

Description level
File File
Reference code
PT/AHU/CU/001/0003/00282
Title type
Atribuído
Date range
1638-03-16 Date is certain to 1638-03-16 Date is certain
Descriptive dates
em Lisboa
Dimension and support
papel
Physical location
AHU_CU_ANGOLA, Cx. 3, D. 282
Previous location
AHU-Angola, cx. 3, doc. 44.
Language of the material
português
Location of originals
AHU
Notes
Obs.: alguns especialistas consideram o vocábulo mani como sinónimo da palavra Kimbundo (o mesmo que senhor); mani Sonho ou conde do Sonho, como era conhecido em Portugal, era deste modo senhor da província do Sonho, situada no reino do Congo.
Creation date
19/02/2018 17:55:38
Last modification
04/10/2023 17:30:19