CONSULTA do Conselho Ultramarino ao príncipe regente D. Pedro sobre a carta do ouvidor-geral de Angola, João Lopes Tinoco, acerca da expulsão do governador Tristão da Cunha e da culpa que tiveram nisso alguns oficiais da câmara e principais da Infantaria; o ouvidor informava que os oficiais, influenciados pelo juiz Paulo Rebelo da Cunha, não aceitaram no governo de Angola o vice-rei António de Melo de Castro, regressado da Índia, e que os oficiais compraram o apoio dos soldados, mas deviam os ordenados aos capitães, aos religiosos e a ele ouvidor; Lopes Tinoco dava ainda conta que os oficiais tinham mandado tomar posse das minas do Congo e do Quicongo e que começavam a executar o donativo para a paz da Holanda e o dote da rainha da Grã-Bretanha [D. Catarina de Bragança].