CARTA do governador e capitão-general de Angola, Bernardino de Távora, ao rei [D. Pedro II] sobre ter tomado posse e visitado as fortificações da cidade, sendo necessário restaurá-las e fazer uma fortaleza em Cassandama; alertando para a falta de Artilharia e Infantaria, para o mau estado das armas e a fragilidade dos soldados vindos dos ilhéus, precisando de gente [de Portugal continental] ou do Brasil por serem mais resistentes; sugerindo que se resolvesse a falta de cavalos na tropa mandando-os vir do Brasil, ficando a arca do contrato a cargo de um morador abonado, porque o capitão não dava comida suficiente aos cavalos; referindo que após a chegada da moeda de cobre os moradores viviam na pobreza devido à carestia dos mantimentos; aconselhando o envio de religiosos de São João de Deus para a administração do hospital e a assistência de soldados e enfermos.