CARTA do ouvidor-geral de Angola, Manuel Gomes Cabral de Távora, ao rei [D. Pedro II] respondendo à carta régia de 24 de Abril de 1702, para dar informações sobre o ataque de uns negros a um capuchinho missionário, no distrito do Bengo, por este ter apreendido umas figurinhas usadas para fazer feitiçaria na casa de um negro do clérigo José Jorge de Sousa; referindo as razões porque não tirara a devassa à morte de um capuchinho no distrito do Dande, acrescentando no fim da carta que o religioso morrera de doença; dando conta da acção dos capitães-mores e capelões que davam fazendas aos negros e depois lhes prendiam as mulheres e filhos por não as poderem pagar;