CARTA [provedor da Fazenda Real de Angola], Rodrigo da Costa Almeida, ao rei [D. Pedro II] sobre a vingança de que era vítima, tendo sido mudado da fortaleza da Guia para a fortaleza da Ponta da Ilha, com proibição de papel e tinta, sofrendo maus-tratos e temendo ser envenenado; referindo que a sua prisão levara à morte e fuga dos seus escravos; afirmando temer a vinda de Marcos Pereira Bravo para ajudante da masmorra, visto este ser cunhado de Martinho de Teixeira [de Mendonça], que o prendera; dando conta das mentiras e obstáculos que o governador Bernardino de Távora lhe causara, nomeadamente com o patacho que comprara para ir com os filhos para o Brasil, quando terminasse o triénio dos seus ofícios.