CARTA do [governador e capitão-general de Angola], Henrique de Figueiredo [e Alarcão], ao rei [D. João V] sobre a demora na resolução dos feitos, explicando que nada poderia fazer, porque não podia castigar os ouvidores e, por outro lado, havendo apenas um ouvidor-geral, cabia a este acudir a todas as petições, audiências e despachos, sendo também provedor da Fazenda Real, com obrigação de tomar as contas dos feitores e almoxarifes e de assistir aos leilões que dissessem respeito à Fazenda Real, assumindo ainda o cargo de provedor dos resíduos, e por isso tomava conta de todos os testamentos, para além de ser corregedor da comarca, presidindo ao Senado da Câmara, e servindo ainda de juiz dos defuntos e ausentes numa terra com enorme mortalidade.