CARTA do [governador e capitão-general de Angola], Paulo Caetano de Albuquerque, ao rei [D. João V] sobre a sua chegada ao porto de Benguela a 23 de Abril e de ter encontrado o presídio com poucos soldados, a maioria deles esfomeados, doentes e sem remédios, situação idêntica à dos moradores e do gentio, devido à falta de chuva e de mantimentos, às doenças e à ausência de socorro, pelo que deixou a botica, várias arrobas de biscoito e algumas armas; dando conta da importância de Benguela e do risco que ela corria pela degradação da fortaleza e das muralhas e pelo reduzido calibre da artilharia; informando da carestia da farinha e de ter negado entrada a um navio da companhia [marítima] de Oostende, do Imperador [austríaco Carlos VI] tendo-lhe autorizado aguada no reino de Catumbela, vigiando-o para que não fizesse comércio.