CARTA do governador e capitão-general de Angola, D. António Álvares da Cunha, ao rei [D. José I] sobre a urgência de garantir segurança e autoridade no reino após a descoberta [das minas de ouro], a inutilidade de fortificar a cidade alta, as vantagens de fortificar o porto da cidade e de melhorar as fortalezas de Nossa Senhora do Cabo e de São Filipe do Penedo, acabando com a de São Pedro no Morro das Lagostas, sendo necessário duas companhias de cavalos, uma fortaleza na barra do Bengo, outra na barra do Dande e outra na enseada do Caquaco; referindo que mandara os dois engenheiros [Guilherme Joaquim Pais de Meneses e Cristóvão Martins Figueira] projectar a fortaleza junto ao forte de São Filipe do Penedo; dando conta da capacidade defensiva da fortaleza, da constituição da Companhia de cavalos, do Regimento e dos presídios de Benguela e Caconda, da falta de armas e munições, da construção dos quartéis cuja planta confiara a Guilherme de Meneses, ficando a trabalhar no mapa geral daquele reino e da costa.