OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola], D. António Álvares da Cunha, ao [secretário de estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra], Sebastião José de Carvalho [e Melo], sobre ter recebido cópia da carta régia enviada a quem servisse de ouvidor acerca do modo de evitar que os estrangeiros fizessem negócio naquele país, pelo que [Paulino André Lombardi] mandava fazê-lo no navio Senhora do Bom Despacho e Santo António, de que era mestre José António Andrade; dando conta da entrada de um barco clandestino dia 1 de Maio, tendo o juiz de fora que servia de ouvidor feito as buscas, sequestro e devassa devidas, pondo a carga no armazém do trem da cidade, enquanto o comissário da carga, Miguel Lopes de Oliveira, temendo ser preso, requereu passaporte para a América, obrigando o signatário a pedir informações ao Senado da Câmara; dando conta que o capitão, o piloto, o mestre e o caixa do navio, António de Sousa Miranda, seguiram presos na frota do Rio de Janeiro.