CARTA do [governador e capitão-general de Angola], D. António Álvares da Cunha, ao rei [D. José I] em resposta à provisão de 6 de Setembro de 1755, que lhe ordenava para demarcar as terras onde se podia continuar o serviço das minas de ouro e taxasse o número de escravos que nelas podiam minerar, impondo a capitação estabelecida para os escravos das minas de ferro; dando conta que a ignorância das pessoas que pudera enviar às minas resultara em não saber ainda quanto ouro podia um escravo minerar por dia ou semana, mas os mineiros enviados pelo governador do Rio de Janeiro já estavam restabelecidos e tinham ido para os rios Lombige e Lifua, sendo eles João Pais do Amaral e Domingos Francisco Vila; remetendo as cartas de João Pais do Amaral com amostras de ouro e pedras de cristal; afirmando que não descobrira detalhes sobre o local onde Caetano [Álvares] descobrira o ouro, que prendera o soba de Bango Aquitamba e um negro e que as chuvas e as doenças atrasavam as diligências mas que quando os mineiros estivessem bem deviam continuar a averiguação no rio Zenza.