CARTA do [governador e capitão-general de Angola], D. António Álvares da Cunha, ao rei [D. José I] sobre o mineiro João Pais do Amaral ter ocultado a descoberta de três folhetas de ouro, dizendo que se perderam no incêndio do arraial do Lombige, razão pela qual o mineiro e o almoxarife tesoureiro [João de Sousa Leite] do distrito foram presos; dando conta que a doença do mineiro Domingos Francisco Vila e do grego Jorge Tadeu paravam as diligências e que a opinião geral era de que só havia ouro nas margens do Lombige e do Bengo, sendo preferível ser explorado por particulares e não por conta da Fazenda Real, mas que não havia interessados porque não se sabia o que produziam; referindo os exames feitos no Dande, indo para lá o mineiro António da Silva Carneiro; [as cartas seguintes referem o impasse nos exames das minas, a inutilidade da exploração dos rios Lifua e Dande para onde foram o tenente de cavalos Francisco Xavier de Andrade, António da Silveira Carneiro e o alferes de Infantaria António Pereira Dinis, a prisão do tenente António dos Mártires, do alferes Paio de Araújo, dos mineiros e dos soldados, reafirmando a falta gente com préstimo, a impossibilidade de continuar os exames, deixando lá uma guarda de Cavalaria comandada pelo alferes de cavalos António Anselmo de Sequeira que seria rendido pelo tenente Salvador Soares de Faria e depois pelo capitão José Leitão de Figueiredo.