OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola], António de Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre as ordens dadas ao seu antecessor [D. António Álvares da Cunha] para trazer cavalos das ilhas de São Tomé e do Príncipe, onde causavam estragos, oferecendo o posto de sargento-mor da Ordenança de Benguela a António Carneiro para ele ir buscar os animais com o navio que ali tinha à espera de carregar escravos; explicando que fretar um navio de propósito para aquele efeito era dispendioso, sendo preferível construir uma corveta nos estaleiros do Brasil para aqueles transportes, podendo a corveta andar entre Angola, São Tomé e os portos do Brasil, com várias mercadorias; referindo que os cavalos de São Tomé e de Pernambuco se adaptavam ao clima, ao contrário dos do Rio [de Janeiro], e que seria conveniente trazer éguas de São Tomé para se fazer criação no Dande ou no Bengo; explicando as razões porque o gentio temia a cavalaria.