OFÍCIO do capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], queixando-se que o padre frei caetano de Arrifana, religioso do hospício de Cacheu e vigário da igreja matriz, ameaçou excomungar o povo de Cacheu caso ajudasse um capitão francês chamado Tangy, que se achava ancorado no porto, declarando que não lhe dessem água, lenha e fogo; acerca das interferências do dito padre no processo do testamento de um homem natural do Reino chamado Manuel, casado na Guiné com uma mulher negra; dando conta dos procedimentos do vigário de Ziguinchor e religioso de São Franciscano; sobre uma ordem executória contra Domingos Travesso, genovês de nação, para pagar uma quantia a Lourenço da Silva e Abreu e companhia; advertindo que à frente das paróquias deveriam estar clérigos seculares por responderem diretamente ao Bispo [de Cabo Verde], e que este recebesse ordem para colocar religiosos nas paróquias; e informando que os religiosos roubaram que o tijolo raspado para o pavimento da capela-mor da igreja matriz, para usarem nas obras do novo hospício.