CARTA do [governador da ilha de São Tomé], D. José Caetano Souto Maior, ao rei [D. João V] respondendo à ordem de 17 de Abril de 1739, que lhe exigia a razão da tomada de posse do Hospício de Santo António dos capuchinhos italianos; referindo que frei Clodeveo e frei Filipe de Todi vieram consigo da Bahia, mas o primeiro faleceu e o segundo ficou doente na ilha do Príncipe, e que os religiosos que chegaram depois, padre frei José de Vandola e frei Bernardino, preferiram ficar com o síndico, porque diziam que na Sé residiam cónegos excomungados e deviam obediência aos que residiam atrás da ilha; explicando que com a chegada do [vice-perfeito da missão], frei Filipe de Todi, já recuperado, foram todos para o hospício, sabendo porém que o governador [Lopo de Sousa Coutinho, na altura da cisão entre os cónegos], fizera arrecadação do que havia no hospício e dera a chave ao síndico, porque o hospício ficara sem ninguém, sendo por isso falsa qualquer queixa contra si nesta matéria, como provaria a residência, já que findava o seu triénio.