Ofício do capitão-mor [governador] das ilhas de São Tomé e Príncipe, Vicente Gomes Ferreira, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro], sobre a diligência à ilha de Ano Bom, os negros obrigarem o capitão da chalupa, André Gonçalves Santiago, a levar [o vigário-geral António Luís Monteiro e] frei Gregório Martins da Neves, rejeitando os presentes e a vassalagem, dizendo-se livres e forros; explicando que os negros preferiam os frades barbadinhos italianos porque os missionários portugueses os instavam a largar os costumes da poligamia, da superstição e do homicídio; referindo que já antes se tinham rebelado contra os portugueses matando o governador Jorge Álvares de Sousa e expulsando o frei Francisco Pinto da Fonseca; remetendo lista dos piores moradores da ilha e outra dos muitos capitães-mores dela e comprovativos de factos presenciados pelo capitão Félix Baptista; sobre irem à ilha navios ingleses, franceses e holandeses em busca de refresco nas viagens de resgate de escravos a Cabinda e ao Luango