Ofício do ouvidor [das ilhas de São Tomé e Príncipe], Caetano Bernardo Pimentel Castro de Mesquita, ao [desembargador do Paço], José de Seabra da Silva], sobre estar doente e impedido de servir, pedindo sucessor; explicando que a decadência da Fazenda Real impedia pagar as côngruas e os filhos da folha, que os navios estrangeiros eram pouco e não permutavam ouro, indo antes a Ano Bom, e que os navios da Bahia iam ao resgate de escravos na Costa da Mina e abasteciam-se no Castelo da Mina ou em feitorias inglesas, trocando tabaco por géneros da Europa, morrendo escravos por falta de refresco; sobre o descontentamento do povo face ao capitão-mor governador [Vicente Gomes Ferreira], aos seus filhos e genro, a diminuição de moradores, faltando quem servisse os postos militares e políticos, em virtude dos pretos e forros serem incapazes