REQUERIMENTO do coronel António de Barros Bezerra de Oliveira, cavaleiro professo da ordem de Cristo e assistente na cidade da [Ribeira Grande], ilha de Santiago, Cabo Verde, ao rei [D. José] queixando-se dos maus procedimentos do ouvidor geral, João António da Silveira e Sampaio, na administração da Provedoria da Fazenda Real, nas suas obrigações e para com o Cabido Sé daquela ilha, usurpando os direitos reais e as feitorias das ilhas de São Nicolau, Brava, e ilha do Fogo, em conluio com o cónego, Inácio Martins Gordo e o cônsul holandês na vila da Praia, João Merchant, vivendo escandalosamente com mulheres, desacreditando e desonrando os homens brancos e nobres da cidade, como fizera com o vigário da Praia e com o tesoureiro-mor da Sé, Lourenço da Fonseca Rego; e pedindo para se mandar tomar conhecimento acerca desses factos, advertindo o ouvidor geral que não se intrometesse com o suplicante por considerá-lo suspeito em todas as suas causas.