CARTA do ouvidor geral das ilhas de Cabo Verde, João Gomes Ferreira, ao rei [D. José] informando que remete cópia do auto da devassa iniciada pelo antigo ouvidor geral, João António da Silveira e Sampaio, e tirada ao coronel, António de Barros Bezerra de Oliveira, a 4 de Novembro de 1754, na qual consta o depoimento, como testemunha, do antigo meirinho da sindicância do desembargador, Custódio Correia de Matos, João Francisco Porto, sendo a causa da devassa, o furto que o coronel de um dos Regimentos de Ordenança da cidade da [Ribeira Grande] e provedor da [Casa] da Misericórdia e antigo caixeiro do contrato da urzela da Casa da Companhia de Grão Pará e Maranhão, Manuel Gonçalves de Carvalho, reinol, nomeado pelo então administrador geral da Companhia, Pedro Cardoso, tinha feito naquela cidade, por mandado daquele coronel, na companhia de um seu escravo, dos dinheiros do falecido sindicante, Custódio Correia de Matos, a partir da residência do capitão-mor, João Pereira de Carvalho, pai do coronel, António de Barros Bezerra de Oliveira; acerca da pesquisa que fez sobre as mais testemunhas idóneas a depor na devassa da comissão pela morte do seu antecessor, desembargador e [antigo ouvidor], João Vieira de Andrade, e que constam da relação que anexa; e sobre se lhe determinar continuar na dita devassa e remeter, também para o [Reino], o coronel Manuel Gonçalves de Carvalho.