CARTA do [sargento-mor de Infantaria com exercício de engenheiro] Manuel Germano da Mata, ao rei [D. José] informando acerca da resolução de mandar regressar para Lisboa, a nau de guerra [Nossa Senhora da Penha de França] e sua guarnição, enviando para Cabo Verde, como forma de amenizar os gastos e víveres, os criminosos não sentenciados a degredo, devido à mortalidade que sobreveio entre os alistados para a expedição de Bissau durante o tempo das águas; acerca da continuidade das obras da construção da Fortaleza de [São José] e sobre as razões de se apresentar diferente da planta que apresentara na Corte; sobre sua proposta em prover Sebastião da Cunha de Souto Maior para o governo daquela Fortaleza, por ser habilitado, descendente dos Cunha, de Viana, casado em Cacheu e muito respeitado na Guiné; sobre o importante papel que tiveram os padres missionários na condução dos trabalhos, na manutenção da paz e harmonia com os gentios e régulo daquela povoação, em particular do padre frei Fernando, a quem o padre comissário, frei Manuel de Vinhais Sarmento, propusera para presidente [do hospício] de Bissau; acerca da sua relação com o frei Luís [Caetano de Castro e Vasconcelos]; e comunicando sobre a necessidade de regressar à ilha Brava para petrificar o salitre, e do regimento que precisava o capitão dessa ilha para a governar por conta dos vários navios estrangeiros ali aportavam.