OFÍCIO do coronel, Manuel Gonçalves de Carvalho [do Senado da Câmara no governo de Cabo Verde], ao [secretario de estado da Marinha e Ultramar Francisco Xavier de Mendonça Furtado] informando que remete os mapas que mandou o engenheiro, António Carlos Andreis, degredado na ilha de [Santiago], fazer, para se conhecer da total decadência em que se acha a cidade da [Ribeira Grande] e as suas fortificações; queixando-se dos administradores da Companhia Geral de [Grão Pará e Maranhão] não darem cumprimento à reparação dos danos e reedificação das mesmas, aos quais estavam obrigados pelas instituições da referida Companhia, e de reedificaram apenas a Fortaleza de São Veríssimo no tempo do governador Bartolomeu de Sousa e Brito Tigre; comunicando acerca da impossibilidade de reedificarem-se os templos e casas particulares pelo estado de pobreza em que se acha a ilha e de os ditos administradores da Companhia venderem tudo a um preço exorbitante, como fizeram com a carregação do navio Santo António e com a salva de prata que venderam ao capitão de cavalos, António de Barros Martins; e advertindo dos efeitos e consequências para a conservação daquela ilha.