CARTA do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo), Antônio da Silva Caldeira Pimentel, para (D. João V), queixando-se do mau procedimento do escrivão da Ouvidoria de Paranaguá , Luís Henriques de Freitas que, com seu irmão José Caetano, bateu em Domingos Carvalho da Cunha, homem já de idade avançada, que estava encarregado da diligência de tirar o cofre de um navio de piratas, que deu à costa nas vizinhanças de Paranaguá. O dito Luís Henriques que era mal visto , que o alvejaram com dois tiros e se queixaram ao governador que o obrigou a sair de lá, pelo que passou à vila de Parati no Rio de Janeiro..Pelas perturbações que nela causou, o governador (e capitão-general) da capitania do Rio de Janeiro, (Luís Vahia Monteiro), ordenou-lhe que a abandonasse, ao que êle obedeceu seguindo para a vila de Guaratinguetá . Constou, também, ao governador de São Paulo, que o irmão daquele, o citado José Caetano, matara, à traição, um homem da vila de Guaratinguetá, sem causa justa, mas sómente por perversidade. Por êstes motivos, o governador Caldeira Pimentel, acha que Luís Henrique não deve continuar na serventia de escrivão.