CARTA do ouvidor geral de São Paulo, Gregório Dias da Silva, a (D. João V), comunicando que, onze dias depois de ter tomado posse do lugar, recebeu, de Luís Antônio de Sã Queiroga, uma denúncia acusando Francisco Borges de Carvalho, Sebastião Fernandes do Rêgo e João da Costa Ferreira, de fundirem e cunharem moeda fora da Real Casa da Fundição. Ouvidos êstes, alegaram recear perder a vida se confessassem, pelo que se formou um processo, mandando sentenciar Francisco Borges Carvalho e Sebastião Fernandes do Rêgo. Encontrando-se êste prêso, por ordem do, ex-ouvidor geral dessa comarca, Francisco Galvão da Fonseca, por furto dos quintos reais, o referido ouvidor escreveu ao governador (da praça) de Santos, (Antônio Gaioso Nogueirol), em cuja fortaleza está o aludido prêso. Interrogadas as testemunhas, estas não depuseram o que sabiam, pelo que se mandou o prêso para a cadeia do Rio, de Janeiro, sequestrando-se os seus bens, que também foram enviados para aquela cidade. Finalmente, informa que Borges de Carvalho foi prêso cúmplice no cunhar das moedas.