REQUERIMENTO do capitão de uma das Companhias de Infantaria da guarnição da praça de Santos José Galvão de Moura e Lacerda a (D. José I) expondo que na Vedoria da mesma praça lhe tinham dado baixa, enquanto se não livrou da acusação de um crime que lhe tinham atribuído, não obstante o referido crime não pertencer à justiça militar e ele se encontrar comandando a fortaleza da Barra Grande, como comprova pela certidão passada por Manuel Borges da Costa. Tendo necessidade de ir ao Rio de Janeiro defender-se do crime de que era acusado, pediu licença ao governador da praça, coronel Alexandre Luís de Sousa e Meneses, a qual lhe foi concedida, como prova pelos documentos que junta ao seu requerimento. Considerado isento do crime que lhe imputavam - como atesta pela folha corrida e pela certidão passada pelo escrivão da matrícula Miguel das Águias Cordeiro - e parecendo indecoroso ao exercício do seu posto ter a dita baixa, pede àquele Monarca que ordene à Vedoria da praça de Santos lhe seja abonado o tempo durante o qual esteve afastado do exercício do seu posto.