Available services

OFÍCIO do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo), D. Luís Antônio de Sousa (Botelho Mourão, morgado de Mateus), para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos), Martinho de Melo e Castro. Refere-se ao ofício de 9 de Julho de (1770) em que expusera os problemas mais importantes do seu governo : o estabelecimento dos portugueses no rio Iguatemi , na fronteira do Paraguai e na descoberta do sertão de Tibagi. No tempo do (ex-governador e capitão-general da capitania de São Paulo, Gomes Freire de Andrada), conde de Bobadela, pela Secretaria de Estado, foram expedidas várias ordens para se dar início ao seu descobrimento, mas todas ficaram sem efeito pelas dificuldades que se levantavam para a sua execução. Em 1764 alguns paulistas apresentaram ao Rei um plano para se intentar a referida conquista, e nesse sentido expediu-se as instruções de 26 de Janeiro de 1765 que se repetiram na carta do conde de Oeiras (Sebastião José de Carvalho e Melo) para o conde da Cunha (D. Antônio Alvares da Cunha) Recomendara (D. José I) que se combatessem os Espanhóis e que se promovessem os estabelecimentos de Índios livres. Na mesma carta se recomenda ainda que se preparassem as forças para enfrentar o inimigo, mas que só se fizessem entrar em ação em caso de ataque. Esta carta foi recebida em Julho de 1767, e logo mandara embarcar a tropa das canoas que desceram o rio. ; na mesma altura dirigira pela Secretaria de Estado, uma carta em que descrevia todo o plano e a forma como fora posto em execução. Entretanto chegaram outras ordens, a que dera imediato cumprimento, ficando assim as tropas reunidas junto à fronteira, e iniciando a fundação de um povoado e fortaleza junto ao rio Iguatemi. Este local tinha sido escolhido, porque facilitava o povoamento da Vacaria e impedia aos castelhanos a passagem para a Serra de Maracaju onde nos podiam cortar o passoem Camapuã evitando que nossos socorros chegassem às capitanias de Cuiabá e Mato Grosso. Fizera transportar para a fortaleza 14 peças de Artilharia e todo o material necessário para construção de casas, cultura de terras, abertura de estradas, etc. De todas estas providências resultara o descobrimento do sertão de Ivaí e antes que os espanhóis, se resolvessem a ocupar o sertão de Tibagi passando as Missões do Uruguai , mandara o tenente-coronel ajudante de Ordens, Afonso Botelho de Sampaio, para a comarca de Paranaguá , com ordem de levantar gente para a entrada e conquista do mencionado sertão, por terra e por água. O capitão Francisco Nunes; estabeleceu-se para além do Paraná donde depois passou aos campos da Forquilha da praça de Iguatemi , deixando aberto um caminho entre a dita praça e Curitiba. Depois empreendeu a abertura de uma estrada que a ligasse ao rio "Ivinheima para se entrecruzar com o que ligava o referido rio a São Paulo. Pelo rio do Registro, penetraram outras Bandeiras, que chegaram a estabelecer-se na barra do dito rio, e o comandante Cândido Xavier de Almeida atingiu os campos de Guarapuava onde fundou a fortaleza de Nossa Senhora do Carmo. Tudo isso foi realizado à custa de muitos sacrifícios e enormes despesas, e acabando-se os recursos que o conde da Cunha dera, resolvera recorrer ao seu sucessor (Antônio Rolim de Moura), conde de Azambuja, pedindo-lhe a sua opinião a respeito da conservação da fortaleza de Iguatemi, que causava uma enorme despesa. O vice-rei respondeu que ele se devia conservar. Mandara os socorros indispensáveis para a sua segurança, mas, como na Provedoria não houvesse dinheiro, recorrera ao depósito do "novo imposto", até que lhe fossem dadas ordens nesse sentido. Como estas não viessem continuara a servir-se do mesmo depósito para fazer face às despesas, dando sempre contas dos empréstimos realizados, até que lhe fossem mandadas instruções. Mas como estas não chegassem e o provedor da Fazenda recebesse ordem para remeter ao Erário Real todo o dinheiro do novo imposto , pedia a Martinho de Melo e Castro que informasse o Conde de Oeiras sobre todos os empreendimentos realizados sob a sua direção, para que este revogasse a supra citada ordem dirigida ao provedor da Fazenda, e desse as providências necessárias para a conservação das guarnições das duas praças da fronteira, indispensáveis para o domínio dos sertões de Ivaí e Tibagi, até ao Rio da Prata.

Description level
File File
Reference code
PT/AHU/CU/023-001/0027/02526
Title type
Atribuído
Date range
1770-12-03 Date is certain to 1770-12-03 Date is certain
Descriptive dates
em São Paulo
Dimension and support
papel
Physical location
AHU_CU_SÃO PAULO-MG, Cx. 27, D. 2526
Previous location
AHU-São Paulo-MG, cx. 27, doc. 2526
Language of the material
português
Alternative form available
Cópia microfilmada AHU e Biblioteca Nacional do Brasil, mf. 30
Notes
Anexo: mapa.
Creation date
18/12/2018 13:30:11
Last modification
19/12/2018 12:08:16