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OFÍCIO do (brigadeiro) José Custódio de Sá Faria para o (ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos) Martinho de Melo e Castro, dizendo que pela "carta de ofício", mapas e diários a ela juntos, lhe apresenta a informação dos pontos a que devia responder, decretados nas ordens de (D. José I), o que suavizaria o desagrado do Rei, cansado pela demora a que o obrigaram em São Paulo. Diz que o (governador) e o capitão-general da capitania de (São Paulo), (D. Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, morgado de Mateus), não concordava com a sua ida para o Iguatemi , não lhe mostrando, para evitar que insistisse em partir, uma Carta de 20 de Novembro de 1772, na qual se renovava essa ordem. Perguntando porque não lhe dera ordem de marcha, conforme lhe fora mandado, respondeu o governador que o não fizera para evitar que corresse algum risco sem necessidade, apesar de ele ter insistido.. Acrescenta que, se não tomou a iniciativa de partir foi porque se encontrava debaixo das suas ordens, que já podiam ser diferentes, pois o governador evitava falar com ele acerca do Iguatemi. Resolvera aquele que antes da chegada das últimas ordens, fosse e voltasse à citada praça, porém passados oito dias ordenou o contrário, alegando que queria fazer ainda umas investigações. Diz que assim que chegou à vila de Santos, tendo saído do Rio de janeiro, lhe escreveu o dito governador, mandando que seguisse para São Paulo, o que assim fez, e tendo aí chegado ordenou-lhe que fizesse o papel que firmou em 21 de julho de 1772 sobre a defesa do Iguatemi, não lhe tornando a falar na sua viagem para ali. Verificou, então, que somente pretendia o dito papel antes de tomar conhecimento do estado em que se encontrava o Iguatemi e informando-o apenas que a serra de Maracaju era impenetrável. Referindo-se à sua chegada à citada praça, diz o dito brigadeiro que encontrou tudo num estado lamentável. Quanto às cinco Companhias de Aventureiros encontrou-as formadas de negros, mulatos, índios e criminosos, que eram pessoas em quem não se podia depositar confiança, e as quais continuamente desertavam. Falando acerca do governador de Iguatemi, o capitão-mor regente José Gomes de Gouveia, acha que não é pessoa indicada para o citado cargo, visto que era incompetente em assuntos militares e que praticara vários crimes em São Paulo. Aludindo à proposta que lhe fez o governador , à sua saída de São Paulo, dizendo-lhe que se tornasse seu aliado e confirmasse as suas contas, porque em troca o tiraria deste distrito, respondeu o citado brigadeiro que sempre fará as suas observações com toda a lealdade, interessando-lhe somente permanecer onde fosse do agrado de (D. José I).

Description level
File File
Reference code
PT/AHU/CU/023-001/0030/02691
Title type
Atribuído
Date range
1775-01-31 Date is certain to 1775-01-31 Date is certain
Descriptive dates
na Praça de Nossa Senhora dos Prazeres do Rio Iguatemi
Dimension and support
papel
Physical location
AHU_CU_SÃO PAULO-MG, Cx. 30, D. 2691
Previous location
AHU-São Paulo-MG, cx. 30, doc. 2691
Language of the material
português
Alternative form available
Cópia microfilmada AHU e Biblioteca Nacional do Brasil, mf. 33
Notes
Anexo: 2 relações.
Creation date
18/12/2018 13:30:50
Last modification
19/12/2018 12:08:16