CARTA do (ex-governador e capitão-general da capitania de São Paulo), Antônio Manuel de Melo Castro e Mendonça para o (Príncipe Regente D. João) dizendo ter recebidoportaria na qual fora ordenado que desse o seu parecer sobre o requerimento de Francisco Lopes do Nascimento, e a razão de não ter entregado e registrado a carta de sesmaria. O ex-governador diz que, logo à chegada à capitania , tinha recebido ordens relativas à sesmaria e que o governador informasse sobre esse assento; a segunda referia-se à adjudicação feita pela Coroa, de todas as matas da costa da capitania e das margens dos rios navegáveis. Em cumprimento a esta, mandara logo lançar um bando. Carta régia proibia que se desse sesmarias nos lugares marítimos, donde se pudesse tirar madeiras e dessa maneira nunca mais as concedera, a não ser em lugares que não podiam estar compreendidos na referida adjudicação. Para melhor conhecimento obtivera ordem real para levantar os mapas. Por essa razão mandara suspender a carta de sesmaria de Francisco Lopes do Nascimento, da vila de São Sebastião. Francisco Lopes insinuara, no seu requerimento, que a razão da suspensão da carta de sesmaria, era a riqueza do capitão-mor de São Sebastião, Manuel Lopes da Ressurreição. A carta de sesmaria não era válida, por se achar, nas condições vedadas pela já citada carta régia, e as modificações só poderiam ser feitas com o mapa geral da marinha.