OFÍCIO de Amador Patrício de Portugal ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro, sobre a ociosidade em que vivem os naturais daquela terra, tendo desprezo pelo trabalho, e, em contrapartida, vivendo muito enriquecidos, tratando os naturais de Portugal por “marotos, galegos, mochilas e lacaios”; mesmo o Bispo diocesano alimenta tal separação entre os nacionais da América e os naturais europeus; informando ainda que sua preocupação passa pela questão militar, sendo a maioria dos oficiais naturais do Brasil que possivelmente em uma sublevação ficariam ao lado dos sublevados e contra a metrópole; como nas promoções militares o vice-rei do Estado do Brasil, Luís de Vasconcelos e Sousa, tem executado da pior forma possível, resultando um corpo militar fraco e cheio de desgostos; e que a falta de oficiais generais e chefes de regimentos capazes, e oriundos da Europa, põe o Reino de Portugal em perigo.