OFÍCIO do administrador da Companhia do Grão-Pará e Maranhão, João da Costa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro] sobre o estado em que deixou os domínios portugueses na costa africana, dando conta que a praça de São José de Bissau estava completamente edificada mas precisava de manutenção, em virtude da Companhia ter deixado de fazer consertos na praça depois do fim da exclusividade comercial e os edifícios estavam em ruínas uma vez que o governador não dispunha de meios para concertá-los; mencionando a falta de sacerdotes em Bissau, Geba e Rio Nuno, praças com grande população de negros católicos que necessitavam de auxílio cristão; referindo o número de soldados da guarnição da praça de Bissau que estavam sem uniformes, com os pagamentos em atraso e com falta de mantimentos; reiterando que a praça de Ziguinchor estava quase deserta estando os moradores a viver no mato com os gentios, acusando o comandante da praça de Cacheu, [António Vaz de Araújo] de propiciar esta situação; afirmando que a praça de Cacheu se conservava no seu antigo estado, com a artilharia necessitando de reparos, estando quase deserta dado que os seus moradores não tinham muitos meios de subsistência e que contava apenas com a presença de um religioso.