OFÍCIO do sargento-mor comandante da praça de Cacheu, António Teles de Meneses, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro] dando conta que após a sua chegada em Cacheu fez uma inspeção nos baluartes, armamentos constatando o mau estado da praça e dos apetrechos de guerra; informando a composição da guarnição da praça, mencionando a falta de soldados para guarnecer os baluartes e defender a praça; referindo que mandou castigar com açoites e embarcar como degredado para as galés da cidade de Maranhão os réus Roque de Brito, Florentino Lopes e Manuel Dias acusados de protagonizar um levantamento; expondo que Ambrósio da Costa Alvarenga ofereceu-se para ir com os seus escravos socorrer a povoação de Farim à sua conta, reiterando que alguns moradores de Cacheu iriam acompanhá-lo; sobre o que era necessário para a segurança de Cacheu, enfatizando a necessidade de obras na casa forte, quartéis de soldados e casa da pólvora; remetendo relações do que era necessário para a praça e medicamentos precisos para a botica de Cacheu; acerca da falta de livros de matrícula para lançar as despesas e receitas; remetendo o inventário dos bens do seu antecessor, Pedro Correia Seabra; e ainda acerca do que seu antecessor devia ao hospício de Cacheu, adiantando que os religiosos fizeram requerimento anexando uma justificação que provava ser a dívida verdadeira, dado que Correia Seabra fora herdeiro e testamentário do falecido José Ribeiro de Ziguinchor, devedor dos religiosos.