CARTA do sargento-mor comandante da praça de Cacheu, Lopo Joaquim de Almeida Henriques, à rainha [D. Maria I] a informar que tomou posse da praça de Cacheu, encontrando a guarnição reduzida a 19 soldados, nus, descalços e quase entrevados; a praça não tem um só canhão montado e o muro que a rodeia é de coqueiros, podres e caídos; os baluartes estão arruinados, de forma que os estrangeiros e os gentios fazem o que querem; pede socorro, com o envio de alguns soldados, munições e pólvora; alguns religiosos contratam escravos e mais géneros, para seu próprio interesse, como qualquer secular. Acrescenta que desertou da captura um frade, com a cumplicidade de um furriel francês e de um soldado, ambos degredados.