OFÍCIO do comandante da praça de São José de Bissau, Manuel Pinto de Gouveia, ao [secretário do Governo da Regência do Reino nos Negócios da Marinha, Estrangeiros e da Guerra] D. Miguel Pereira Forjaz, sobre ter recebido avisos do envio de pólvora e de 40 degredados para Cabo Verde, tendo recebido somente 100 barris de pólvora e 1 homem, e das ordens para se prover esta praça de munições de guerra, sendo o mais necessário o envio mínimo de 30 carretas para os calibres de 18 e 12 e as respectivas lages por a artilharia se encontrar no chão devido à chuva e ao capim apodrecer tudo, bem como o envio de degradados, escolhendo-se aqueles que tenham servido na tropa do Reino para ensinar os que existem por serem todos pretos nativos de Cabo Verde, e ainda ser necessário o envio de mais pólvora; remete um saco de correspondência para se enviar ao Rio de Janeiro e igualmente cartas para D. Rodrigo de Sousa Coutinho porque desde que a corte se mudou para o Rio de Janeiro não teve resposta aos seus ofícios. Observa que desconfia que o mestre do brigue Expedição, João Salustiano Pacheco, e proprietário António Simões da Costa, não entregou as cartas de serviço que iam para o Rio de Janeiro e para a Regência do Reino de Portugal, as quais foram remetidas a José Gonçalves da Silva, do Maranhão, para as remeter aos seus destinos, de que assinou recibo.