OFÍCIO do comandante da praça de Cacheu, Joaquim José Rebelo de Figueiredo e Góis, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida de Melo e Castro] sobre ter recebido a primeira ordem datada do Rio de Janeiro, 1810-12-23, a que deu execução mandando correios a Ziguinchor, presídio onde poderá aparecer um tal Roberto, por estar mais perto de Goré, ilha habitada pelos ingleses, e sendo encontrado o enviará; que logo que chegou enviou pela galera Indústria, capitão João José Dias, ofício descrevendo o estado crítico e de ruína em que encontrou as praças de Cacheu, Farim e Ziguinchor, e de novo descreve a residência do comandante, paliçada ou tabanca, fortificações, artilharia e guarnição, povoação, habitantes, igreja e convento em ruínas fazendo-se as funções religiosas na capela de Santo António pertencente aos herdeiros de Pascoal Pereira da Silveira, a Fazenda Real sem meios até para pagamento dos soldos, a falta de navegação e comércio, a não remessa dos três contos de Cabo Verde, remetendo em vez panos de agulha, seus preços e formato, a aguardente que devia vir do Reino, as daxas ou tributos que os navios e o comandante pagam aos reis de Matha e do Picão, como mostra a relação inclusa, e solicita que os três contos e a aguardentes sejam remetidos de Lisboa.