OFÍCIO do comandante da praça de Cacheu, Joaquim José Rebelo de Figueiredo e Góis, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida de Melo e Castro] sobre a aplicação de uma multa de um conto e duzentos mil réis, ao mestre ou capitão do brigue Gavião, António Joaquim de Faria, que da Bahia de Todos os Santos fez viagem para Cacheu, por ajudar à fuga de três soldados degredados; partida do ouvidor de Cabo Verde blasfemando dele por lhe não dar sete tiros de peça e por repreender o escrivão por lhe dar autos para os quais não pediu permissão nem respeitou as formalidades, e ter o mesmo ouvidor deixado em terra o seu meirinho; chegada do juiz de fora; divergências com o juiz de fora quanto à sua tomada de posse e à nomeação de oficiais para a composição das justiças querendo tomar parte na governação civil e militar desta praça, como mostra pelos ofícios inclusos, e ter deixado um rapaz seu criado no navio que o trouxe de Lisboa, pelo que lhe concedeu passaporte para passar ao Maranhão; chegada de mais de 30 degredados vindos de Lisboa, via Cabo Verde e Bissau, sendo ele o médico e boticário, curando-os das moléstias da terra a que chamam carneiradas; pede instruções para o seu governo ou que seja substituído.