OFÍCIO do governador de Cabo Verde, D. António Coutinho de Lencastre, ao [ministro de estado da Guerra e Marinha], D. Miguel Pereira Forjaz Coutinho, sobre: tomada de 2 navios no porto da ilha da Boavista, por piratas; ordem para a vinda de uma companhia da guarnição da praça de São José de Bissau, enquanto El Rei não der as suas soberanas e definitivas disposições; chegada da dita companhia, mas tão diminuta e com o armamento em tal estado, que não serve para nada; pedido de auxílio aos governadores do Reino; envio da escuna da Fazenda Real, comandada pelo capitão, Luís António Esteves Freire, à capital, para trazer o armamento e munições necessárias; reversão ao Cofre Real desta capitania, do produto da venda da urzela em Londres; diversas sugestões para se arranjar verbas para a compra do material de guerra; pelo estado deteriorado em que se remetem as armas e canos constantes do conhecimento incluso, se percebem as necessidades; também não existem oficiais que exerçam os ofícios de coronheiro e espingardeiro, perdendo-se a totalidade das armas avariadas.