OFÍCIO do governador da ilha da Boavista, coronel, Aniceto António Ferreira, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], conde da Barca [António de Araújo de Azevedo], a informar dos insultos praticados pelos piratas contra S.A.R, a sua bandeira e a nação portuguesa, devido a não haver nela fortificação e armamento, ao mesmo tempo que é frequentada por muitas embarcações, tanto estrangeiras como nacionais e ser também a ilha que tem dado os maiores rendimentos à Fazenda Real; pede 30 soldados pagos, 2 oficiais com o respectivo armamento e artilharia suficiente para formar uma bataria de 12 peças, sendo 6 de 18, 4 de 9 e 2 obuzes de 12, para metralha; o capitão do bergantim proveniente da ilha da Madeira, para carregar sal, foi roubado de parte da sua carga que levava para a corte, por um pirata.