OFÍCIO do governador de Cabo Verde, João da Mata Chapuzet, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Joaquim José Monteiro Torres, a acusar a recepção do ofício nº 10 de 27 de Fevereiro, acompanhando o processo do réu, Florentino Sanches, pífano da guarnição da ilha de Santiago, que determinava que desse execução ao despacho proferido no mesmo processo em última instância, pelo Supremo Conselho de Justiça, em 18 do mesmo mês; informa que quando tomou posse do governo, haviam mais de 4 anos, que o sobredito réu, Florentino Sanches, havia sido sentenciado em Conselho de Guerra Regimental, remetendo-se logo para a corte do Rio de Janeiro o processo original e ficando na secretaria deste governo, uma cópia legal, subscrita e assinada pelo desembargador, José Leandro da Silva e Sousa, que era o ouvidor-geral desta capitania e auditor da Gente de Guerra; indagando o motivo porque o mesmo réu estava preso há tão longo tempo, soube que o seu processo original tendo sido remetido para o Rio de Janeiro, não havia voltado, nem havia solução alguma; assim, remeteu para a corte a cópia do processo, acompanhado de um ofício que dirigiu à Secretaria de Estado, em 6 de junho de 1823.