CARTA do governador e capitão-general de Angola, José Gonçalo da Câmara, à rainha [D. Maria I] respondendo ao parecer que pretendia saber qual era o efeito causado pela portaria de D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho, governador e capitão-general, sobre os abusos que no serviço da Fazenda Real e jornas dos pretos trabalhadores se tinham introduzido, assim como saber se dela havia resultado prejuízo ou utilidade para a mesma Fazenda; informando que tais medidas tinham sido tomadas para os negros que iam trabalhar para a fábrica de ferro de Nova Oeiras, que já não estava a operar por determinação do governar António de Lencastre; e que quanto aos pretos muxiluandas que prestavam serviço real na cidade de Luanda, continuava-se a pagar o soldo de quarenta réis e um enxeque de farinha como determinava aquela portaria, não havendo, por isso, qualquer prejuízo para o Erário Régio.

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