OFÍCIO de um emissário, cujo procurador em Luanda, era o capitão Manuel da Fonseca Guimarães, para o ajudante de ordens do governo de Angola, Pedro José Correia de Quevedo [Homem e Magalhães], sobre o relato de uma viagem de negócio aos portos do norte de Angola: terras do Mossul (Ambriz), Sonho (Soio), Cabinda e Loango; referindo o insucesso na abordagem para compra de escravos em todas essas paragens; mencionando os contactos mantidos com as autoridades locais, nomeadamente, marquês do Mossul, príncipe e a princesa do Soyo; príncipe de Bombogoy; Nabuco (conselheiro) e o governador de Cabinda, os mafucas*, Pedro e Manuel, do Loango e alguns príncipes da região com quem tentara fazer negócio, apresentando como contrapartida ancoretas (barris pequenos) de jeribita, aguardente, pólvora e tecidos (damasco, sedas e outros); dando a conhecer outros aspectos importantes como a falta de fortalezas ao longo da costa, o estado de governo dos povos, referindo que os mesmos nem sempre obedeciam aos seus chefes; com excepção dos povos do príncipe de Bombogoy; referindo o estado de pobreza desses povos e das possibilidades de negócio que se oferecia aos negociantes portugueses; dando conta de factos relevantes dos mesmos povos e sobre o comércio com as nações estrangeiras.

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