OFÍCIO do [governador da capitania de Benguela], Francisco Paim da Câmara e Ornelas, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, remetendo certidões da exportação de escravos, da saída de navios, da receita e despesa das reais fábricas [de telha e tijolo] e da capitania, da exportação de marfim, e as que atestavam as acusações contra o juiz de fora e provedor da Fazenda Real de Benguela, bacharel pardo António da Silva Lisboa; dando conta que os moradores se queixavam do signatário ao governador de Angola, e que não encontrara nos seus postos Luís de Miranda Ribeiro, nem José Maria Arsénio de Lacerda; opondo-se ao regresso a Luanda da fragata Nossa Senhora do Carmo Luanda, que devia afastar os navios estrangeiros da costa; referindo os postos vagos na capitania, o estado de revolta do sertão, a insubordinação do capitão-mor de Salvaterra de Magos e do capitão-mor de Pedras de Encoge, Alexandre Reis Pereira e a melhoria na tropa regular da praça; opinando sobre as causas e problemas de saúde pública, o estado do hospital, o papel do cirurgião Manuel António Pires Mota, as vantagens de fazer um hospital em sítio apropriado e com comodidades; referindo a má conduta do espanhol Francisco Bermesso, por influência de Inácio José de Sousa; pedindo carretas e homens para a Companhia de Infantaria, referindo o estado do armamento que trouxera e a chegada em Janeiro da fragata Golfinho, comandada pelo capitão-de-mar-e-guerra Manuel da Cunha Souto Maior.

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